sexta-feira, 19 de junho de 2009

Qual é a melhor maionese da Moldávia?

Há quem diga que a cidade de Mahón, capital da ilha espanhola de Menorca, conhecida como Maó em catalão e por um famoso queijo artesanal, leva a fama de ter dado origem e nome à maionese, que teria se difundido pela Europa graças aos franceses, após terem eles invadido as ilhas Baleares no século XVIII.

Fato é que a maionese acabou atingindo alto nível de popularidade no espaço russo no século seguinte. Tudo indica que sua difusão deveu-se em grande parte ao mestre-cuca de origem belga Lucien Olivier, que na década de 1860 foi proprietário de um dos mais badalados restaurantes moscovitas da época, o Hermitage. Atribui-se a Olivier [na foto, sua pedra funerária num cemitério de Moscou] a criação da assim-chamada salada russa, que na própria Rússia é conhecida como salada Olivier. Como bem sabe o leitor, essa salada exige considerável quantidade de maionese.

Espaço russo significa também, desde 1812, Bessarábia, até então tradicional parte integrante do território histórico do principado da Moldávia, localizado entre os rios Prut e Dniester. A russificação, tanto espontânea como planejada, daquela província tzarista mormente habitada por um povo de etnia romena, trouxe previsivelmente consigo hábitos alimentares que incluíam a maionese tão utilizada no cardápio russo.

Ali, essa tendência recentemente culminou na produção de maionese pela fábrica Belmar, antiga indústria de margarina da cidade de Balti, a segunda maior cidade do que hoje em dia constitui a República Moldova.

Em 2008, a firma lançou uma agressiva campanha publicitária em todo o país no intuito de expandir o consumo de sua maionese. A campanha, presente na televisão, cartazes, calendários e outdoors, girou em torno do legendário Lucien Olivier, encarnado nada mais nada menos por um... brasileiro, e que "ressuscita" para revelar, em alto e bom francês, o verdadeiro segredo da salada russa: a maionese Belmar, claro.

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