terça-feira, 2 de junho de 2009

Drácula beberia espumante romeno?

Essa pergunta merece ainda duas: Que Drácula? Que espumante?

Se estivermos falando do Vlad Tepes, Príncipe da Valáquia, o temido governante romeno que deu origem à lenda do Drácula, é fácil responder, pois, assassinado em 1476, ele infelizmente jamais teria tido a ocasião de umedecer seus lábios numa taça de espumante, bebida que começou a ser desenvolvida só a partir do século XVII, salvo erro.

De maneira que não poderíamos estar falando de nenhum outro a não ser o imorredouro Conde Drácula, sofisticado nobre de origem szekler, também conhecido como Conde Orlok, anfitrião do agente imobiliário inglês Jonathan Harker em seu castelo no meio dos Cárpatos, entre a Transilvânia e a Bucovina, conforme o romance de Bram Stoker – que jamais pisou na Romênia.

Aí então nos deparamos com a segunda pergunta: que espumante?... A Romênia é tradicional fabricante de vinho, desde épocas imemoriais, que remontam ao mito de Dionísio (foto), deus do vinho - personagem que, aliás, nasceu nestas terras, às margens do Mar Negro, o vizinho que tem provado ser o mais tranqüilo e confiável para os habitantes deste país.

As vinícolas romenas são numerosas, espalhando-se por todo o país: ao longo do Danúbio, perto do Mar Negro, na Transilvânia, no Banat, na Moldávia. Uma das vinícolas mais antigas, por exemplo, na cidade de Panciu, na Moldávia, produz uma espumante muito apreciada, em conformidade com o método champenoise. Tendo em vista que Panciu dista apenas uns 300km do castelo do Conde Drácula, quero acreditar que sim, ele beberia espumante romeno - durante o dia, bem entendido, pois à noite ele corre atrás de líqüidos ainda mais preciosos...

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